MCP vs. Monólitos e Microservices: qual abordagem escolher?

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Navegação Rápida:
Contextualizando: arquiteturas na era da IA
11. Monolitos: integração de IA "Raiz"
2Microservices: isolando IA com desafios na comunicação
3MCP: o padrão de integração de IA que faltava
4Comparação prática: integrar IA com ou sem MCP
55. Quando usar MCP em projetos com IA
6Conclusão: construindo aplicações inteligentes com confiança
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Talvez você já tenha brincado com LLMs, ou até mesmo criou um agente de IA... mas e agora? Como fazer ele interagir de verdade com seu sistema, acessar dados, chamar APIs, ser mais do que um "papagaio inteligente"? Esse é o verdadeiro desafio da integração!
Contextualizando: arquiteturas na era da IA
Você já conhece as arquiteturas tradicionais que estruturam nossas aplicações:
- Monolito: toda a aplicação reunida num único bloco de código.
- Microservices: aplicação dividida em vários serviços independentes.
Integrar IA nestes ambientes não é trivial. Surgem problemas como complexidade, escalabilidade e manutenção das integrações.
É aqui que entra o Model Context Protocol (MCP), um padrão aberto criado para facilitar a conexão de agentes de IA com ferramentas e dados externos. Pense nele como o USB-C da integração de IA: uma solução padronizada que conecta facilmente agentes inteligentes às ferramentas externas.
Neste artigo, você entenderá exatamente como essas arquiteturas se comportam na integração com IA, e como o MCP pode ajudar você a projetar aplicações mais eficazes.
1. Monolitos: integração de IA "Raiz"
Monolito é uma aplicação estruturada como um único bloco executável.
Cenário sem MCP:
Um chatbot dentro do monolito acessa diretamente o banco de dados e APIs internas através de código específico e acoplado.
- Vantagem: Simplicidade inicial e transacionalidade fácil.
- Desvantagens:
- Alto acoplamento (difícil de evoluir).
- Escalabilidade difícil (escalar toda aplicação).
- Complexidade crescente.
Quando usar: para provas de conceito simples e rápidas com poucas ferramentas integradas.
Microservices: isolando IA com desafios na comunicação
Microservices são serviços independentes que se comunicam via APIs.
Cenário sem MCP:
Um
AgentService
isolado chama diretamente APIs específicas de outros serviços, criando integrações ponto a ponto.- Vantagens:
- Escalabilidade e isolamento.
- Uso de stacks tecnológicas especializadas para IA.
- Desvantagens:
- Complexidade de comunicação.
- Orquestração difícil.
- Gerenciamento manual de múltiplas APIs.
Quando usar: equipes maduras e aplicações distribuídas com forte necessidade de escalabilidade independente.
MCP: o padrão de integração de IA que faltava
O Model Context Protocol (MCP) não é uma arquitetura, mas sim um protocolo de integração entre o agente de IA e as ferramentas externas.
Imagine-o como o USB-C das integrações de IA: uma interface única e universal que conecta facilmente o agente às ferramentas necessárias.
Como funciona o MCP:
- Host: ambiente onde vive o agente IA.
- Client: componente do Host que gerencia comunicação MCP.
- Server: fornece as ferramentas (DB, APIs, arquivos).
Exemplo prático:
Um chatbot precisa saber quantos novos usuários existem:
- Usuário pergunta ao chatbot.
- O agente consulta ferramentas disponíveis.
- Decide que ferramenta utilizar (
getNewUsers
).
- Client MCP envia pedido ao Server MCP apropriado.
- Server executa tarefa (consulta banco de dados).
- Resposta retorna via MCP para o agente.
- Agente responde ao usuário.
Benefícios do MCP para IA:
- Padronização da integração.
- Desacoplamento da lógica da IA.
- Facilidade para adicionar/trocar ferramentas ou LLMs.
- Segurança e clareza na comunicação.
- Descoberta dinâmica de ferramentas.
Comparação prática: integrar IA com ou sem MCP
Monolito:
- Sem MCP: simples, porém rígido e difícil de escalar.
- Com MCP: complexidade inicial um pouco maior, mas altamente flexível e desacoplado.
Microservices:
- Sem MCP: flexível, mas comunicação complexa e manual.
- Com MCP: melhor solução com isolamento e comunicação padronizada.
Critério | Monolito sem MCP | Monolito com MCP | Microservices sem MCP | Microservices com MCP |
Flexibilidade | Baixa | Alta | Média | Muito Alta |
Capacidade de escalar IA | Baixa | Média-Alta | Alta | Muito Alta |
Facilidade de integração | Alta (inicialmente) | Média | Média | Alta |
Troca de ferramentas/LLMs | Difícil | Fácil | Médio | Muito Fácil |
5. Quando usar MCP em projetos com IA
Considere MCP quando:
- Você tiver muitos serviços e APIs externas para conectar à IA.
- Houver previsão de mudança constante das ferramentas ou LLM.
- Precisar desacoplar claramente o agente da integração.
Talvez não precise MCP quando:
- A integração da IA for simples e pontual.
- O projeto for pequeno e com poucas mudanças previstas.
Heurística prática:
- Comece simples: adicione MCP quando a complexidade começar a aparecer.
- Padronização é investimento: avalie se o benefício compensa a complexidade inicial.
Conclusão: construindo aplicações inteligentes com confiança
Monolitos e microservices são estruturas para sua aplicação. MCP é o elo que faltava para integrar facilmente IA a ferramentas externas, independente da arquitetura base.
Construir aplicações inteligentes exige pensar não só na inteligência, mas na conexão eficaz dela com o restante do sistema. O MCP é uma peça fundamental nesse quebra-cabeça.
E aí, como você tem integrado IA nos seus projetos? Já enfrentou desafios nessa área? Que tal compartilhar suas experiências e aprender ainda mais com outros devs na comunidade Rocketseat?
Vamos juntos construir o futuro com IA.
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